terça-feira, 19 de maio de 2009

Artes Tradicionais


O artesanato de Guimarães materializa, actualmente, a memória de determinadas actividades outrora inseridas no panorama industrial local. Dele faziam parte as olarias, cujos fornos de câmara, que se encontram preservados na actual Olaria da Cruz de Pedra, constituem um importante testemunho material da história do ofício. Ainda hoje se produz em Guimarães a peça mais emblemática da tradição oleira da região - a Cantarinha das Prendas ou Cantarinha dos Namorados.
Da história económica e industrial de Guimarães preservaram-se ainda as técnicas artesanais aplicadas na produção dos pentes em chifre, na latoaria, no ferro forjado e na tecelagem ou bordados. O Bordado de Guimarães transformou-se ao longo os tempos e revestiu-se de um conjunto de características muito específicas que lhe garantem unicidade, patente nas suas cores e uso de motivos estilizados.
Apesar das naturais diferenças, o conjunto dos ofícios possui um objectivo comum: projectar a tradição no futuro e, sem a sacrificar, adaptá-la aos usos contemporâneos. O artesanato de Guimarães alia, deste modo, a autenticidade secular do fabrico artesanal a formas que apelam e servem as necessidades de um consumidor actual exigente e conhecedor das suas mais-valias.

sábado, 16 de maio de 2009

Receita de sabonete artesanal


Esta é a receita básica, ideal para começar. Para fazer outros sabonetes é só seguir esses mesmos passos e acrescentar os outros ingredientes.


Produtos químicos necessários:


- 1 Kg de base de glicerina para sabonetes (branca ou transparente);
- 30 mL essência para sabonetes;
- corante alimentício (anelina);
- álcool de cereais.
Obs.: Algumas essências são mais fortes que outras, dependendo da qualidade. Procure dosar ao seu gosto, não sendo necessário seguir a risca a quantidade especificada acima.

Material de apoio necessário:



- 1 panela de vidro, ou esmaltada (nunca usar de metal ou alumínio);
- 1 forma para banho-maria;
- bastão de vidro;
- moldes de silicone ou plástico;
- filme plástico para embalar.

Preparo:

Pique a base para sabonete em pedaços pequenos;
Na panela derreter a base em banho-maria (não deixe a temperatura da água muito quente, para evitar que a base ferva);
Retire do fogo quando estiver totalmente derretida, coloque o corante aos poucos até atingir a cor desejada;
Espere esfriar um pouco, até formar uma nata fina em cima da base. Caso não faça isso a essência e o extracto (se estiver usando) irá evaporar e seu sabonete não ficará perfumado;
Adicione a essência e mexa com o bastão de vidro. Evite mexer muito pois poderá fazer espuma, se fizer borrife com álcool de cereais para retirá-la.
Segure com o bastão de vidro a película que se forma e despeje o líquido na forma escolhida;
Borrife álcool de cereais para evitar a formação de espuma;
Espere secar por mais ou menos 30 minutos (depende da quantidade utilizada) e desenforme;
Se necessário retire as rebarbas com uma faca sem serra;
Aguarde umas 2 horas para embalar em plástico;
Coloque em cestinhas, caixas ou sacos de celofane.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Trabalho do Linho


A graciosidade dos trajes minhotos muito se deve aos bordados. Esta arte está bem viva entre os grupos de mulheres que dedicam o seu tempo a bordar os trajes de folclore. Nas camisas, nas saias, nos aventais ou nos lenços reina a policromia. O vermelho, o preto, o azul ou o verde são as cores que predominam nas vestes tipicamente minhotas, dando-lhe alegria e graciosidade.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Benefícios do Artesanato


O artesanato pode ser entendido como oportunidade para uma pessoa se expressar e descobrir as próprias aptidões, oportunidade de auto-conhecimento e valorização das manifestações artísticas. Com o artesanato, a pessoa desenvolve habilidades com as mãos e, principalmente, com o cérebro, dando lugar à criatividade através de diversos materiais, técnicas e procedimentos. O artesão vai criar, aproximando ideias e materialidade. Vai dar forma, vai dar vida à sua ideia e, com isto, está a exercitar a mente, prevenindo problemas com a memória, principalmente no caso de indivíduos de melhor idade, além de relacionar-se com pessoas com as quais tem afinidade, tem interesses comuns, o que melhora inclusive, o humor afastando o isolamento. Pode ainda transformar esse hobby em actividade que lhe traga remuneração, pois os produtos artesanais têm excelente aceitação no mercado.
Os benefícios de se dedicar ao artesanato no dia-a-dia atingem praticamente todas as pessoas interessadas, uma vez que o trabalho manual gera introspecção, concentração e reflexão. Enquanto desenvolvem um trabalho manual, as pessoas ficam calmas, atentas, com os olhos focados em sua produção, acompanhando criteriosamente o resultado de cada passo realizado. Durante esse processo sentem-se importantes, capazes e amadurecem, convivendo melhor consigo mesmas e com o grupo.

Recuperação do prestígio da arte artesanal


A partir da Revolução Industrial, que iniciou na Inglaterra, o artesanato foi fortemente desvalorizado, deixou de ser tão importante, já que neste período capitalista o trabalho foi dividido colocando determinadas pessoas para realizarem funções específicas, essas deixaram de participar de todo o processo de fabricação. Além disso, os artesãos eram submetidos à péssimas condições de trabalho e baixa remuneração. Este processo de divisão de trabalho recebeu o nome de linha de montagem.
Hoje, o artesanato voltou a ter prestígio e importância. Continua a buscar elementos naturais para desenvolver suas peças originadas do barro, couro, pedra, folhas e ramos secos entre outros. Em todas as regiões é possível encontrar artesanatos diversificados originados a partir da natureza típica do local e de técnicas específicas.
O artesanato é reconhecido em áreas como a de bijuterias, bordados, cerâmica, vidro, gesso, mosaicos, pinturas, velas, sabonetes, saches, caixas variadas, reciclagem, patchwork, metais, brinquedos, arranjos, apliques, além de várias técnicas distintas utilizadas para a fabricação de peças.

Cerâmica do Sobreiro

São característicos na região de Mafra os bonecos de barro, isolados ou em conjunto. Na povoação do Sobreiro existe uma olaria onde se pode observar um enorme conjunto de obras de um oleiro, com cenas pitorescas do quotidiano do povo português. Recentemente deu-se o ressurgimento de pequenas unidades de produção artesanal com técnicas de barristas e santeiros.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Exposição: 5 e 6 de Maio 09


Nos dias 5 e 6 de Maio de 2009, realizamos mais uma exposição de artesanato no colégio Externato Delfim Ferreira visando despertar o interesse da comunidade escolar para a valorização do Património Cultural Português.
Ao contrario da exposição anterior em que focamos o surgimento do artesanato, a sua evolução ao longo dos tempos e ainda 3 das vertentes artesanais: tradicional, contemporâneo e terapêutico, nesta limitamo-nos a expor peças tradicionais de acordo com o material utilizado na sua criação.
Paralelamente à exposição, estava prevista a presença de um artesão pintor de azulejos, Sr. Fernando Jorge, que iria fazer uma pequena demonstração do seu trabalho interagindo com os alunos.
No entanto, devido ao surgimento de um imprevisto de ultima hora tal não foi possível o que condicionou de certo modo o objectivo da exposição.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

XXI Feira de Artesanato de Guimarães 09

As feiras de artesanato, realizadas anualmente por todo o país, são um dos principais modelos de comercialização do sector. A primeira Feira de Artesanato de Guimarães realizou-se em 1988 e, ao longo de todo este percurso, conseguiu adequar-se à mudança dos tempos, indo de encontro às expectativas dos artesãos que nela participam e dos visitantes que a frequentam. Convém referir que esta mudança foi sempre ditada por estes dois principais intervenientes, procurando a organização da Feira de Artesanato de Guimarães corresponder aos propósitos de todos; por um lado receber da melhor forma os artesãos convidados, fornecendo-lhes as condições ideais em termos de espaço e acolhimento e, por outro, procurando atrair o maior número de público ao local da feira, através de um investimento considerável na sua divulgação e animação.
Este ano a Feira de Artesanato de Guimarães adapta-se, novamente, à mudança das necessidades e circunstâncias contemporâneas, regressando ao seu local inaugural: o Jardim da Alameda. O espaço, localizado no centro da cidade, é privilegiado pela sua acessibilidade, garantindo deste modo a visibilidade procurada pelos artesãos. Tendo sempre como valores base a preservação e divulgação do artesanato, a organização da Feira de Artesanato de Guimarães pretende que a iniciativa se consolide como uma das formas de sensibilizar o grande público para as questões que encerram as actividades artesanais. A valorização dos produtos artesanais pela sociedade actual é a via mais importante para a perpetuação dos saberes e modos de fazer, que fazem parte do nosso legado comum, mas cujas tipologias têm ainda a capacidade de se adaptar à vivência contemporânea, tornando-se assim objectos de valor acrescentado.
A Feira de Artesanato de Guimarães pretende constituir um espaço de comercialização acessível a um grande número de consumidores, cada vez mais conscientes da valia do artesanato nacional.

Bordados de Guimarães




O Bordado de Guimarães é um trabalho manual executado a fio de algodão sobre linho caseiro. Originalmente localizado na zona de Guimarães, foi-se depois expandindo, por razões económicas, para zona limítrofes do concelho e também para terras do vizinho concelho de Felgueiras. Embora seja antigo, é difícil localiza-lo no tempo. Mas, a divulgação da designação "Bordado Guimarães", aparece-nos a partir dos anos 40 do século XX. Sabemos, no entanto, que a origem do bordado de Guimarães era essencialmente rural, sendo uma das etapas do trabalho a do linho, o qual - após a todo o ciclo agrícola e preparação da fibra -, era fiado e posteriormente tecido, sendo finalmente bordado pelas lavradeiras vimaranenses. As peças mais cuidadas eram a camisa do homem, geralmente executada com motivos de tipo geométrico, e o colete de rabichos feminino, bordado com uma grande diversidade de motivos decorativos. As cores mais utilizadas são hoje a crua, a branca, a vermelha e a azul escura, embora outrora também aparecesse o preto. A originalidade destes bordados está quer na especificidade das flores executadas quer na importância decorativa do canutilho em relação ao conjunto composto por grande diversidade de pontos de agulha quer ainda na singularidade do desenho. Caracterização: Nos dois últimos séculos o bordado de Guimarães caracterizou-se pela delicadeza e rigor do trabalho a fio de algodão sobre linho caseiro. Este bordado é a prova de vontade feminina de introduzir cor e alegria em objectos de uso quotidiano - peças de vestuário, toalhas de mão, toalhas de açafate, lençóis,etc.

Arte, Azulejos e Artesanato


Em Portugal, o gosto pelo azulejo foi assimilado dos muçulmanos, tendo sido introduzido no país desde meados do século XV.
No século XVI, Portugal inicia sua própria produção, sofrendo várias influências das azulejarias Italiana e Flamenga, e mais tarde no século XVII, da azulejaria Holandesa.
Esta forma singular de decoração, foi utilizada com insistência no revestimento de Igrejas, Palácios, Mosteiros, Fontes e em Casas Senhoriais.
Desde sempre, o azulejo acompanhou as novas estéticas, passando pelos motivos Arte Nova, pelos revestimentos Art Déco, até à sua plena integração em modernos programas arquitectónicos.